quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Na caminhada eu encontrei...



Na Caminhada eu encontrei muitas pegadas, idas e vindas, rumores, amores e gente de todo jeito.
Na caminhada eu encontrei o desalento, enfrentei tormentos e tive que vencer o meu próprio “Eu”.
Na caminhada eu fui adentro, me perdi e me achei, dei tapas ao vento, sorri e chorei.
Na caminhada fui além, além das minhas forças, ultrapassei a linha proibida, fronteiras desconhecidas, mas não desisti do sonho que sonhei.
Na caminhada vi e presenciei de tudo um pouco, faces desconhecidas mascaradas pela bondade, regadas pelo orgulho e falsa humildade, verdadeiros lobos em pele de ovelhas.
O inicio de tudo se deu ao olhar para trás e ver as marcas deixadas e repensar todo o trajeto trilhado, telas e mais telas de pensamentos me assolaram, alguns com bons baús de lembranças, outros com o gosto amargo da desilusão, mas não posso negar que em meios a alguns desalentos, encontrei momentos ínfimos de amor, delícias que a vida proporcionou.
Aprendi que todo processo que somos submetidos a passar existe uma lição. Dos baús da vida eu guardo as boas lembranças e as lições oferecidas por ela.
Talvez alguns me julguem estranha, mas isso não me apetece absorver, o belo mesmo é não deixar de sonhar e fitar o “Alvo”, e nunca desistir, pois no fim haverá sempre uma recompensa.
Na caminhada, fiz pausas, entrei em cavernas, fiz juras a mim mesmo. Repensei os planos. 

Enfim, continuei.

Zazá Olíver

Fotografias de minha infância



Eu tirei poucas fotografias na minha infância, e as poucas se perderam no tempo. Foram quase todas guardadas em binóculos, alguns foram se perdendo e esquecidos nas gavetas sem serem revelados, e com a passagem do tempo se deterioraram. 

Depois de muitos anos, retornei a minha Terra natal, estava muito ansiosa para rever as velhas fotografias, que minha Avó ainda guardava, mas fui surpreendida com a avassaladora notícia que não seria possível revê-las, pois as mesmas também não resistiram a passagem do tempo. Naquele momento foi-se a esperança de rever-me, a criança se perdeu entre tantas estações. 

Hoje relembrando de algumas fotografias, tiradas na minha adolescência, dentre tantos guardados, também não as encontrei, imagino que nas idas e vindas se perderam em algum lugar. 

Mas tenho uma boa memória da minha doce infância, a fotografia em mim permaneceu viva, memórias inesquecíveis, lembro perfeitamente a imagem da criança que fui... Lembro-me perfeitamente da beleza dos campos onde andei, absorvi cada Outono, cada Inverno, cada Verão e cada Primavera, absorvi todo o cenário vivo e real, vida vivida e não imaginada... Mas o rosto da menina de minha infância lembro-me muito bem. Hoje eu tenho apenas memórias, memórias de mim.

Zazá Olíver

Eu já quis desistir

Eu já quis desistir de amar, eu já quis desistir de tanta coisa. Por isso vivo hoje de realidade, ainda que seja de pequenas gotículas de sentimentos, mas que sejam reais, verdadeiros ao ponto de me tirar do chão.
As vezes é melhor recuar e proteger o coração, do que se alegrar sem ter certezas certas... Fujo de sensações incertas, pode ser mais uma vez um falso aviso, um alarme não verdadeiro, platônico sem fundamento. Que no futuro causaria uma enorme cicatriz.
Nunca alimente nenhum sentimento sem antes conhecer suas raízes e valores.
Eu prefiro viver com o sorriso amarelado de tanto dormir, muito melhor que acordar de olhos inchados de tanto chorar pelo que nunca foi verdadeiro.
É muito melhor recuar e proteger o coração do que viver falsas expectativas.
Nesta longa caminhada que a vida me traçou... Encontrei muita coisa boa e verdadeiro, por esse motivo escolho não desistir.

Zazá Olíver

Recomeços

Na caminhada encontrei vários recomeços...
Aderir ao novo como se fosse roupa velha, desbotada de tando usar, aderir sem perspectiva de visão, andarilho por qualquer caminho, aderir faz parte de recomeços, apegos aos escombros em meio ao mar da vida, a espera da próxima onda que o jogue de volta a praia.
Aderir ao novo pode dar certo ou errado depende muito do vento do momento, quando favorável não tenha medo de se arriscar.
Só conhece o resultado quem tenta, se não deu certo, refaça o caminho, mas não se entregue às circunstâncias negativas. Abra mão do luxo, do conforto, mas nunca abra mão de seus valores, pois são eles que definem quem você é.

Zazá Olíver

sábado, 17 de outubro de 2015

Arrogância



Como podes achar que vai conseguir? Simplesmente pelo fato de ter Deus ao seu lado? Achas que não serás provado?
Achas que Ele te livrará de todo o mal? Não lês a Sagrada Palavra onde se diz que no mundo tereis aflições? Não sabes que Seus filhos passariam pelo fogo para serem aprovados? E por convicção retiras teus atalaias, retiras teus mensageiros...

Como achas que se defenderás? Ore, Jejue, pois precisarás... Aceite ser confrontado, nem que sejas publicamente, pois este é o erro: achar que pode confrontar sem nunca ser confrontado.
Aprendas com a humildade, pois dela depende seu galardão. 
Quando chamas para si toda a responsabilidade e não sabes delegá-la ages como um tolo. Não terás sucesso se fores sozinho. 
Tuas crianças gozam do profeta, ridicularizam-no por ser diferente, não se envolve
Que aprendas a ser forte e corajoso quando enfrentares o que desprezas-te.
com o clube. Pois não haverá profeta maior que João, que vivia no deserto, o lugar de toda luta. E como Elias que de sua boca provinha a bênção e a maldição.


Ottilia Ferraz

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Vazio


Precisava que você estivesse comigo esta noite.
Isso não é uma cobrança.
Respeito seu estado de cansaço,
Só chateei-me por contentar-me com sobras.
Mas, quem tem culpa?
Eu amo você!
Mas sou sozinha...
No íntimo, já acostumei.
Admiro quando Deus me envia amiga para suprir esse vazio!
Um dia superarei esta inconstância minha.
Boa Noite!

Otillia Ferraz 

domingo, 11 de outubro de 2015

Virei Fã de mim mesma


Na caminhada encontrei muitas adversidades, por isso virei fã de mim mesma.
Depois de tantas pauladas que levei da vida, aprendi a levantar das cinzas, aprendi a enxugar o pranto, aprendi a limpar feridas... Muitas vezes tive que engolir o choro, outras sem condições nenhuma de esconder sensações, na maioria das vezes fui julgada em tribunais clandestinos, por juízes sem diplomas, inexperientes com assuntos da vida...
Virei fã de mim mesma, por todas as voltas que dei pra chegar onde estou, e não precisei derrubar ninguém.
Virei fã dos meus recomeços, dos meus soluços escondidos, das feridas que viraram cicatrizes, dos momentos nostálgicos e dos gritos de alegrias, resultados de boas surpresas encontradas no caminho... Virei fã de mim mesma, por estas e tantas outras situações vividas.
A vida te ensina de graça, se você for bom aluno aprende tudo certinho e vira cartilha pra muitos leem.

Zazá Olíver

O Amor


Como é amar, amar o infinito sem nunca tê-lo tocado? Perco-me nos meus pensamentos tentando entender a formula do amor, mas, o máximo que consigo é ter mais dúvidas, pois o amor é tão amplo que o universo intocável se torna pequeno diante dele.
Como compreender esse sentimento tão nobre e complicado ao mesmo tempo?
 
É tão amável quanto sublime. É tão forte quanto às batidas do nosso coração.
Realmente me perco nos meus devaneios, passo longas horas do dia e parte da noite meditando sobre tal sentimento. Confesso que sempre me surpreendo com a voz interior; é como se minha alma tentasse explicar-me a dimensão deste sentimento, geme na tentativa de me convencer que amar vale à pena.

 Como um ser pensante pode viver sem esse alimento? Já ouvi algumas pessoas dizer que o amor não existe, não passa de mera ilusão. As pessoas que pensam assim vivem dias sem emoção, perde o curso do vento, se perdem nos seus próprios conceitos, se o amor for uma mentira, então eu sou irreal e nada mais fará sentido. 
Sem a presença do amor a vida perde o sabor, perde a razão de ser, perde o rumo, a cor. O amor concerta e perdoa tudo.
Zazá Olíver

domingo, 4 de outubro de 2015

Momentos superados


Revendo algumas fotos, relembrando cada episódio chego a conclusão que Deus me forjou em cada evento difícil que nunca imaginaria passar. Momentos de total desespero, onde o fundo do poço era considerado seguro em vista de onde eu estava.

Luto, roubo, opressão, traição, depressão, trauma, indecisão, baixa autoestima, dúvidas, responsabilidades, síndrome do pânico, transtorno do estresse pós-traumático, lutas internas e externas, julgamentos e posturas que, se Deus não tivesse misericórdia eu não conseguiria "atravessar o Jordão", como meu pai dizia.

Posso dizer que passei sozinha por cada problema e foi uma opção, pois quem seria capaz de entender, estar à disposição ou apenas caminhar comigo segurando minha mão? Os que apenas desconfiavam ou sabiam de um ou outro caso nunca perceberam o nervo exposto e ferido. Deus resolveu moldar meu caráter e não tive como fugir disso.

No momento que vivo hoje, embora algumas emoções pareçam ressuscitar, posso dizer que sei como domesticá-las. Apenas lamento não ser mais aquela garota que tinha brilho nos olhos e pureza nos sentimentos. Por causa das cicatrizes poucas coisas me fazem sorrir de maneira juvenil.

Mas vivo! Estou em pé pela graça de Deus! E vou seguindo na caminhada, levando as experiências, tirando do coração qualquer vestígio de dificuldade, buscando preencher com a paz que excede o entendimento. E quando eu terminar minha jornada espero não ter deixado para trás nenhuma lição de vida, nenhuma obra inacabada, nenhum amor não vivido.

Ottilia Ferraz

Cemitério



Desamparada ela caminha entre os túmulo, não sabe onde ela está enterrada. Era pequena quando se foi e o descuido do pai não permitiu que seu túmulo fosse cuidado.
Faz tempo...


Andando pelas quadras ela tenta amenizar sua tristeza, de certa forma até prestando uma homenagem. Afinal, pra que flores se não tem onde depositá-las?


Seu vestido amarelo com pregas cobrem seus sapatos, os passos num ritmo lento. Está sozinha como sempre! Seus cabelos compridos presos com um laço balançam com a brisa deste descampado gélido. Ela caminha buscando recordações carinhosas de sua mãe. E que recordações se era tão pequena quando se foi?


Desejava tê-la de volta, mas logo se arrepende. Onde ela está há paz e pra que trazê-la, meu Deus, novamente para este mundo tão sofrido? Então, convencida pelo destino ela deixa o cemitério tendo a certeza que Deus vai protegê-la.
Segue sua caminhada, sem saber o que encontrar.

Ottilia Ferraz

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Adeus


Céu limpo, cheio de estrelas.
 Observo um cavalo branco no terreno ao lado, solitário. Ouço o barulho do vento e ele traz uma canção que diz "não aprendi dizer adeus". Eu discordo, porque nos braços de Morfeu eu digo adeus. 
Lídia Helena

Na caminhada encontrei Dalva!


Que direi? Nunca mais olharei para minha vida como antes.
Sua beleza começa na centelha de amor que o Eterno colocou em seu coração. Mulher de pele macia, cheirosa. Cabelos presos de maneira despojada, sem perder a sua essência. Linda!
Quando canta sua voz é penetrante, quando fala é calma como uma brisa.
Oh, querida! Como foi bom te conhecer e desfrutar de poucas horas que nem vi passar. Tantas coisas falamos: família, fé, peregrinação e até um conto recitado por ti.
Tu és forte e nem sabe o quanto! A dor tenta te convencer o contrário, mas deixe-a gritar... Será em vão! Ela agoniza pois sabe que logo terá que sair de sua casa. Não tem como ela conviver junto com a alegria. Você escolheu ser feliz!
Teus sonhos? Estão guardados em um caderninho esperando sua boca chamá-los. Chame-os! Traga-os à existência, você pode!
Tudo é possível!
Tudo é possível...
Tu és forte e nem sabe o quanto! A dor tenta te convencer o contrário, mas deixe-a gritar... Será em vão! Ela agoniza pois sabe que logo terá que sair de sua casa. Não tem como ela conviver junto com a alegria. Você escolheu ser feliz!Teus sonhos? Estão guardados em um caderninho esperando sua boca chamá-los. Chame-os! Traga-os à existência, você pode!Tudo é possível!Tudo é possível...

Ottilia Ferraz